sexta-feira, 21 de maio de 2010


Jesus agia com simplicidade, e educava os seus discípulos a fazerem o mesmo. Jesus come com os pecadores; janta na casa de Mateus, dorme na casa do publicano Zaqueu; gasta uma tarde conversando com a samaritana, desagradando os judeus em seu etnocentrismo. Para atender o cego Bartimeu que mendiga na estrada que dá acesso a Jericó, sendo Mestre, lava os pés dos seus discípulos. Toma as crianças no colo e diz que o louvor delas é que é perfeito. Seu púlpito é sempre improvisado: monte, árvore, barco ou mesa de refeição, mais que nas sinagogas onde tem auditórios garantidos. Com a mesma naturalidade com que vai a Gadara, cidade dos porcos, lidar com o endemoninhado que vive entre as tumbas, segue para a casa do importante Jairo para um jantar. Para quem faz tanta questão de preservar a formalidade litúrgica, o modelo deixado por aquele que é o alvo do culto cristão é incompatível.

Walter Brunelli

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