27/7/2010 - 14h31
INDONÉSIA (48º) - Os primeiros sete meses de 2010 foram marcados por um número recorde de ataques anticristãos, afirma um relatório do Instituto Setara por paz e democracia. No total, foram registrados 28 ataques contra a liberdade religiosa entre janeiro e julho, comparados aos 18 incidentes em todo o ano de 2009 e 17 em 2008.
Bekasi enfrentou o maior número de incidentes, 7 ataques, e Jacarta, com 6 ataques.
Se os ataques continuarem, o número total de incidentes no final do ano será três vezes maior do que 2009.
Por outro lado, o número de ataques contra a comunidade Ahmadiyah diminuiu; foram 4 em 2010, comparados a 33 em 2009. Aos olhos da maior parte dos muçulmanos, os ahmadis são uma seita herege que acredita que seu fundador, Mirza Ghulam Ahmad, foi o último profeta do Islã, afirmação que contradiz os ensinos muçulmanos.
Ismail Hasani, pesquisador do instituto Setara disse que esses ataques são a ponta do iceberg. “Baseamos nosso trabalho nos incidentes que foram registrados, mas há outros”.
“Doze das violações deste ano eram sobre fechamento de templos e proibição de construir igrejas. Parece que o governo não percebe que o direito de cultuar, como é garantido na Constituição, vem com o direito de ter um lugar para realizar as reuniões.”
Somente em 2010, radicais muçulmanos interromperam cultos, impediram os cristãos de entrar na igreja, destruíram templos e impediram a construção de novos locais.
Tradução: Missão Portas Abertas
Fonte: AsiaNews
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