17/9/2010 - 14h17
IRÃ (2º) - O Irã prendeu nove cristãos pela acusação de evangelismo, segundo relatório da agência de notícias cristãs em língua persa, na terça-feira.
Em 10 de setembro, foi divulgado pela agência de notícias da Farsi Christian News Network (FCNN), que sete cristãos iranianos foram acusados de cooperarem com dois estrangeiros sustentados pelas “Organizações Cristãs-Zionistas”. A agência chamada Fars News Agency está conectada com a Guarda Revolucionária do Irã, um segmento das forças armadas do Irã.
De acordo com o relatório, os cristãos foram acusados de proselitismo – ilegal no Irã – fora da cidade de Northwest de Hamedan. O termo “cristãos zionistas” é muitas vezes usado pelo governo iraniano para referir-se aos cristãos evangélicos e não se aplica a nenhuma relação com Israel ou Zionistas.
Enquanto as nacionalidades dos estrangeiros não foram identificadas, o relatório declara que as organizações de apoio estão sediadas nos Estados Unidos e Grã-Bretanha.
Um oficial da segurança anunciou a prisão, embora não seja tipicamente comum na república islâmica. De acordo com a FCNN, é a primeira vez em 30 anos que a estação de TV estatal transmitiu notícias sobre a prisão de cristãos.
Notícias das prisões surgiram à medida que grupos vigilantes de perseguição cristã expressaram preocupação quanto à intensa repreensão do governo iraniano a eles.
No ano passado, autoridades fecharam pelo menos três Igrejas, acusando-os de converterem muçulmanos. A maior Igreja local no Irã foi forçada, no último novembro, a parar seu culto público de adoração, devido à pressão do governo. Em fevereiro, um pastor evangélico iraniano foi preso e teve marcas visíveis de tortura quando liberado cerca de um mês depois.
No último ano, houve mais que um relatório de oficiais de segurança sobre a prisão de muçulmanos que se converteram ao cristianismo e sofreram maus-tratos na prisão. Isso levou a um protesto internacional de direitos humanos e grupos de vigilância de perseguição. Autoridades iranianas, finalmente, libertaram as duas jovens mulheres no final de 2009, após 259 dias na notória prisão Evin do país.
Fonte: Christian Post
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